sexta-feira, 14 de março de 2014

Auto exame de mama é defendido durante evento realizado na ALERJ

A importância do auto-exame como forma de detectar precocemente o câncer de mama foi defendida pelo sanitarista e oncologista do Instituto Nacional do Câncer (Inca) Ronaldo Corrêa, durante o debate “Câncer de mama: múltiplos olhares”, realizado nesta quinta-feira (13/03) pela Escola do Legislativo do Estado do Rio (Elerj). Segundo ele, estratégias de prevenção como esta podem diminuir em até 30% a incidência da doença. “É preciso disseminar os métodos de prevenção como o auto exame, em que a mulher pode fazer em casa apalpando sua mama e identificando um possível nódulo antes de qualquer exame específico”, explicou o médico. O debate foi mediado pelo coordenador da escola, deputado Gilberto Palmares (PT).

O câncer de mama responde por 22% dos novos casos de câncer no país. Segundo o Inca, a estimativa para 2014 é de aproximadamente 57 mil novos casos no Brasil e, para cada cem mulheres detectadas com a doença, um homem é diagnosticado. Presidente da União Nacional Solidária no Combate ao Câncer (Unamama), Marilena Garcia abordou o medo e o preconceito que as pessoas possuem em torno do câncer. “Quando somos diagnosticadas, a primeira visão que temos é a da morte, mas com informação e tratamento, é possível enxergar e atingir a cura e a vida”, relata Marilena, que superou duas vezes o câncer de mama. De acordo com os especialistas, as taxas de mortalidade por câncer de mama continuam elevadas no Brasil, muito provavelmente porque a doença ainda é diagnosticada em estágios avançados. “As dificuldades na luta contra o câncer são inúmeras, desde a diminuição dos fatores de risco até o acesso a métodos de prevenção, identificação e tratamento. As dificuldades atingem principalmente a população das regiões Norte e Nordeste do país e as cidades que não são perto das capitais”, analisou Corrêa.

Segundo a deputada federal Benedita da Silva (PT-RJ), o Governo federal pretende, para 2014, ampliar a divulgação e o atendimento para que as pessoas possam ter acesso aos métodos de prevenção e tratamento do câncer de mama. A deputada falou sobre a determinação da portaria 1.253/13 do Ministério da Saúde, que prioriza a realização do exame de mamografia unilateral para mulheres a partir dos 50 anos: “O Sistema Único de Saúde (SUS) continuará atendendo a outras faixas etárias, o que houve foi um remanejamento de recursos priorizados para que mulheres com maior índice de câncer de mama possam realizar a mmografia”, explicou a deputada. Gilberto Palmares finalizou o debate lembrando que a discussão sobre o tema também ajuda aos parlamentares para pensarem em suas ações legislativas. “É importante ouvir todos os setores da sociedade envolvidos para que façamos leis que contemplem a todos”, frisou. Também estavam presentes na reunião a integrante da Sociedade Brasileira de Mastologia Thereza Cypestre e membros da Associação dos Amigos da Mama de Niterói (Adama), entre outros.

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