sábado, 15 de março de 2014

Pesquisadores alemães buscam soluções para colheita de cana

O pesquisador Carlos Frederico Veiga, da UFRRJ apresentou as pesquisas da universidade. (Foto: Flávia Pizelli)

Pesquisadores alemães analisaram os detalhes de uma das colheitadeiras usadas em Campos. (Foto: Flávia Pizelli)

Alemães e brasileiros conheceram de perto uma das colheitadeiras usada na Coagro. (Foto: Flávia Pizelli)


Durante todo o dia de hoje (14/3), um grupo de pesquisadores alemães e brasileiros esteve reunido no campus da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRJ) em Campos dos Goytacazes, discutindo formas de melhorar a colheita da cana-de-açúcar na região Norte Fluminense. A ideia é construir um protótipo de máquina colheitadeira, que atenda as necessidades econômicas e de manejo em pequenas e médias propriedades rurais. O grupo integra a equipe do Projeto de Integração de Eco-tecnologias e Serviços para o Desenvolvimento Rural Sustentável no Rio de Janeiro (Intecral), uma parceria do Programa Rio Rural, da secretaria estadual de Agricultura, e o Ministério da Educação e Pesquisa da Alemanha (BMBF).

Os pesquisadores estão percorrendo municípios do Norte, Noroeste e da Região Serrana fluminense, desde o início da semana. Em todas as regiões, o foco é pensar no desenvolvimento de tecnologias agrícolas de baixo impacto para o ambiente, propondo soluções para uso sustentável das terras e dos recursos hídricos nas microbacias hidrográficas do estado, além de recuperar áreas degradadas. Na manhã desta sexta-feira, o grupo conheceu pesquisas brasileiras para a melhoria das variedades de cana-de-açúcar e uma colheitadeira, que vem sendo usada pela Coagro (Cooperativa Agroindustrial do Rio de Janeiro), em cumprimento a Lei Estadual nº 5.990/2011, de autoria do secretário estadual de Agricultura, Christino Áureo, que determina a diminuição gradativa da queima da cana, até a extinção desta prática.

Coordenadora técnica do Rio Rural, a engenheira agrônoma Helga Hissa disse no evento que a colheita da cana-de-açúcar de forma sustentável foi uma demanda identificada pelo programa desde início dos trabalhos nas microbacias hidrográficas, há seis anos. “Essa parceria com as universidades alemãs vem ao encontro das necessidades que identificamos na cadeia produtiva da cana na região, principalmente para a agricultura familiar”, disse.

Coordenadora do grupo que trabalha a cadeia da cana de açúcar no Intecral, a pesquisadora alemã Sabine Schlüter destacou a importância de atender agricultores familiares com tecnologias adequadas às suas condições técnicas e econômicas. A professora, que atua no Centro Para Estudos em Países Tropicais, da Universidade de Colônia, afirmou que, para que ocorra esta melhoria na produção de cana-de-açúcar, é fundamental o apoio de pesquisadores brasileiros que já desenvolvem trabalhos nessa área.

Até o início da próxima semana, os pesquisadores continuarão percorrendo municípios do estado do Rio de Janeiro, em excursões de campo, divididos em grupos de trabalho sobre temas como áreas degradadas, lavoura de cana-de-açúcar e café, sistemas silvipastoris (criação de gado com plantio de árvores nas pastagens), monitoramento de água e saneamento.

Agenda:


13 a 18/3 – Água e saneamento (Nova Friburgo / Cachoeiras de Macacu / São Fidélis)


14 a 16/3 – Recuperação de áreas degradadas e paisagens (Nova Friburgo, Itaocara, Itaperuna, Varre-Sai)


14 a 15/3 – Sistemas silvipastoris e café (Itaocara, Itaperuna e Varre-Sai)


16/3 – Visita a Unidade de Produção de Cana (Campos dos Goytacazes)


Visita a Usina Sapucaia, unidade de produção da Cooperativa Agroindustrial do Rio de Janeiro (COAGRO).


Participantes: Pesquisadores das universidades alemãs, Pesagro-Rio, Emater-Rio.


Rio Rural

Nenhum comentário:

Postar um comentário