Rio Rural promove rodadas de trocas de experiências no Norte

No Norte Fluminense, agricultores familiares integrantes dos Comitês Gestores de Microbacias (Cogem's) do Programa Rio Rural (da secretaria estadual de Agricultura) estão participando de encontros locais para avaliação das ações nos últimos 12 meses e também para a apresentação de novas propostas que possam ajudar no desenvolvimento das comunidades. Durante as reuniões, os grupos trocam experiências e ouvem relatos sobre práticas bem sucedidas durante a execução do Rio Rural em seus próprios municípios.

O ciclo de atividades encerrará no próximo dia 8 de abril, quando os Cogem's de Macaé se reunirão no Parque Municipal do Atalaia, uma reserva de Mata Atlântica que abriga o primeiro manancial da cidade (já usado no abastecimento da área urbana e que nem todos os próprios moradores ainda conhecem). “É uma forma de reunirmos o pessoal, de promover o Parque e também dos membros observarem, na prática, o microclima de uma área preservada, onde existem variedade de flora e fauna”, explicou o engenheiro agrônomo da Emater-Rio, Luiz Carlos Guimarães, assistente técnico do Rio Rural no município.

Para a economista doméstica Sheila Fialho, assistente do programa em Cardoso Moreira e em São Fidélis, as reuniões municipais de Cogem's são oportunidades para promover interação entre os grupos, que na maioria das vezes não se conhecem, e ainda uma troca de experiências. “É um momento de reflexão sempre muito rico. Muitas vezes eles escutam relatos que despertam para soluções de questões relacionadas às suas próprias comunidades”, analisou.

Membro do Cogem da microbacia Rio Ururaí, a doceira artesanal Maria do Carmo Freitas contou - durante o Encontro de Cogem's em Campos dos Goytacazes - que, após a chegada do Rio Rural, a comunidade se mobilizou e aproveitou a estrutura organizacional do programa,para estabelecer reuniões rotineiras e, assim, tratar de assuntos de interesse coletivo. “As pessoas estão mais mobilizadas e conscientes do que podem realizar juntas. Os assuntos vão além do programa em si, mas tudo está interligado”, disse a produtora rural aos 80 agricultores reunidos.

Já para a agricultora campista Sandra Miranda, da microbacia Morro do Coco, a vinda do Rio Rural, há quase dois anos, estimulou as pessoas a se preocuarem com a preservação ambiental. “Os produtores entenderam a importância da proteção das nascentes, pois estão preocupados em manter a água do assentamento. Posso dizer que lá os agricultores estão preocupados em pensar a vida de uma forma mais sustentável. Outra coisa que mudou é que agora aproveitamos qualquer encontro para conversar sobre o Rio Rural, mesmo que não seja dia da reunião do Cogem”, disse a moradora do Assentamento Josué de Castro.

Fonte: Rio Rural